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sta é a principal conclusão da visita efetuada pelo presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, às obras a cargo da Pólis Litoral Sudoeste, no dia 25 de setembro, onde esteve acompanhado pelo presidente da Junta de Freguesia de Santo André, Jaime Cáceres, e em que os dois autarcas puderam testemunhar o cumprimento, até à data, dos prazos estipulados no início da obra.
“Estamos numa fase em que já se vê obra feita”, congratula-se Álvaro Beijinha, que enaltece o facto de a intervenção não ter afetado a afluência à praia neste verão. “A obra está numa fase de fecho e, na próxima época balnear, vamos ter aqui uma praia totalmente requalificada, ao serviço daqueles que a frequentam há muitos anos, mas tenho a certeza que esta obra vai trazer muitos novos turistas e será certamente um impulso para a economia local, para a restauração e para a hotelaria”. O edil mostra-se “satisfeito” com o que viu e aponta o mês de novembro para o término das obras, atendendo ao escrupuloso cumprimento dos prazos até à data. “Mais dois meses, no máximo, e, se o tempo ajudar, a intervenção poderá estar concluída”, conclui, destacando a oportunidade de “recuperar a duna primária” e de estar “ao lado de um ex-líbris ambiental, que é a Lagoa de Santo André”, considerando a obra “absolutamente fundamental” nesse aspeto.
O presidente da Junta de Freguesia de Santo André, Jaime Cáceres, mostrou-se igualmente “muito satisfeito, pois está tudo está a decorrer dentro dos prazos que foram apontados”. Outro destaque apontado por Jaime Cáceres deve-se ao impacto ambiental da obra, que “é praticamente nulo, tendo em conta que as estruturas, os passadiços, os estacionamentos, etc. estão integrados com o ambiente. Era isso que a Pólis e a Câmara pretendiam”.

Investimento de 1,6 milhões de euros

Saliente-se que estas obras, que estavam só previstas para serem executadas entre Sines e o Cabo de Sagres, passaram também, por interferência de Álvaro Beijinha, a incluir a Costa de Santo André.
Uma das intervenções mais importantes do projeto consiste nos trabalhos de recuperação e valorização ambiental e paisagística, com recurso a plantações no sistema dunar, erradicação de espécies infestantes, colocação de captadores de sedimentos, proteções do sistema dunar e plantações nas áreas adjacentes ao novo estacionamento e construções existentes, com a finalidade de proteger o cordão dunar. Os trabalhos passam também por reordenar os acessos rodoviários e estacionamentos, reordenar os acessos pedonais, garantir o cumprimento dos requisitos para a categoria de praia acessível, criar um percurso de visita ao monumento de homenagem aos 17 pescadores falecidos na tragédia que ocorreu em 1963, criar infraestruturas de apoio à prática balnear e criar um percurso ambiental pedagógico.
A intervenção, a cargo da Polis Litoral Sudoeste – Sociedade para a Requalificação e Valorização do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, S. A., tem um investimento total de 1 milhão e 56 mil euros, com uma comparticipação da Câmara Municipal de Santiago do Cacém cifrada em 150 mil euros.