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evolução também foi favorável no mercado de arrendamento, com a sólida procura pelos arrendatários a motivar um aumento ligeiro das rendas.
Embora a procura de casas para compra tenha voltado a aumentar em agosto, mantendo um ritmo de crescimento próximo do verificado em julho, a oferta não acompanhou este dinamismo e as novas instruções de venda caíram pela primeira vez desde dezembro de 2014. Segundo o referido inquérito, este desequilíbrio está a impulsionar a recuperação dos preços em todas as regiões analisadas pelo PHMS, com a taxa de crescimento destes valores a acelerar em agosto.
Ricardo Guimarães, diretor da Ci, realça que, “em agosto, a região do Algarve beneficiou de uma dinâmica especial relativamente à procura e preços, apresentando melhores resultados que as regiões de Lisboa e Porto. Isto também se refletiu nas declarações dos agentes. Alguns afirmaram que no Algarve, em algumas cidades, já se observa uma falta de novas casas para venda ao mesmo tempo que se espera que a procura continue em alta.”
Os inquiridos pelo PHMS de agosto continuam confiantes no aumento dos preços no curto e médio prazo, antecipando que cresçam 3% a nível nacional no próximo ano e cerca de 5% ao ano, em média, durante os próximos cinco anos.

Recuperação no arrendamento mantém-se

Olhando para o mercado de arrendamento, no período em análise, registou-se um aumento acentuado da procura conduzida pelos arrendatários, ao mesmo tempo que se verificou uma forte queda das novas instruções de casas para arrendar por parte dos proprietários. Como resultado, o PHMS registou uma nova subida das rendas, dando continuidade ao aumento marginal que fora registado em julho. No entanto e embora as expetativas futuras para a atividade no mercado de arrendamento se tenham reforçado de forma notável, os participantes no inquérito esperam que as rendas estabilizem no curto prazo.
Sobre estes resultados, Simon Rubinsohn, economista do RICS comenta: “O crescimento do emprego foi encorajador ao longo do ano que passou, dirigindo um reavivamento cada vez mais generalizado da atividade do mercado imobiliário. Não obstante, a recuperação do mercado de trabalho ainda tem um caminho a percorrer e são necessários progressos sustentados para apoiar a evolução do setor imobiliário residencial.”

Fonte: Jornal da Construção